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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Como escolher a escola de meu filho?

Com o passar dos anos, o mundo mudou, a família mudou e a escola, como parte da sociedade, 
também mudou.
 No seu tempo havia computadores em todos os lugares? As máquinas fotográficas eram digitais? Para 
pesquisar sobre algum assunto bastava clicar na internet e em segundos milhares de informações chegavam? 
Hoje é assim. 
 Entretanto, para algumas coisas, essas mudanças não servem muito, e escolher uma escola é uma 
delas. O primeiro erro é tentar trocar uma visita presencial por uma visita virtual. Muitas famílias deixam-se 
influenciar por bonitos sites e fotos ou ainda param logo após um telefonema.
 As indicações feitas por outros pais de alunos da mesma escola representa 80% das novas matrículas 
das escolas brasileiras. Por isso, conversar com um deles pode ser uma boa dica. Normalmente para a maioria 
dos outros 20% o caminho para se conhecer uma escola é assim: após uma busca pela internet e uma rápida 
visita ao site, a família liga e pergunta o preço. Depois faz isso com outras escolas e só vai visitar a mais 
barata ou as duas ou três mais baratas. Aqui começa um erro clássico de avaliação.
 O preço é importante? Claro, caso contrário é possível não poder arcar com os custos nos meses 
vindouros e haverá problemas  de inadimplência, o que é ruim tanto para a família quanto para a escola. Mas 
dentro da possibilidade da família, existem variáveis de valores e nem sempre o que parece mais barato é 
assim. Se eu dissesse a você que uma boneca custa R$ 35,00 isso é caro ou barato? Se você pensou “depende”... é a resposta correta. Se a boneca desmontar junto com a embalagem, é cara. Mas se falar, andar e vier 
com acessórios está barata... Do ponto de vista prático visitar a escola é a melhor solução. 
 Conhecer a sua proposta pedagógica, o espaço, o trabalho que efetivamente é feito. São dados que vão 
ajudar. Coloque no papel tudo o que a escola oferece (além do “feijão com arroz”) e veja o que isso significa 
em termos de custo. Por exemplo: oferece almoço? Oferece atividades esportivas? Oferece reforço? Qual o 
custo disso para você e qual o custo disso se precisasse pagar fora da escola? Vai ter que pagar apostila? 
Taxas? Quantas, Quais? Pede-se dinheiro no dia dos pais, da criança, das mães, sabe-se lá mais quando?
 Também é preciso analisar se a linha da escola é adequada aos valores da sua família. Deve-se visitar a 
escola de preferência com a criança, que é quem vai passar boa parte de sua infância no lugar. Essas visitas 
vão permitir ver diferenças entre instituições.
 Durante a visita, use os sentidos. É limpa? Banheiros? É um lugar gostoso de ficar? Mistura alunos 
mais velhos com mais novos? Como é o recreio? Quem cuida das crianças? Como elas interagem entre si? 
Visite mais de uma vez a escola durante o horário de funcionamento e desconfie se tiver que marcar hora ou 
se for atendida numa sala fechada.
 Se, durante o processo de escolha da escola, é aconselhável que os pais promovam um amplo questionamento a respeito dos métodos da instituição, após tomada a decisão eles devem delegar. É um erro bastante 
comum atravessar o ano letivo discutindo com a escola os procedimentos dos professores no dia-a-dia. Feita a 
matrícula, dê o necessário voto de confiança. Se cada um puxar para um lado (família e escola) a criança 
“ficará no meio”, sem referências tão importantes nessa fase, e fatalmente será prejudicada. Nenhuma escola 
muda sua linha pedagógica em função de uma família. Se escolheu, confie. Se não confiar, mude. Ou nem 
matricule. 
Como escolher a escola de meu filho?Mitos e Verdades
Localização
Às vezes as melhores escolas não estão próximas de casa. Há que se avaliar a qualidade e o trânsito. Há o 
recurso dos transportes. Faça um teste prático nos horários de entrada e saída de seu filho. Avalie quanto 
tempo leva e se isso não vale à pena por causa da qualidade da escola.
Alunos por sala
O mito diz que muitos estudantes na sala (na rede pública são 40) diminui a possibilidade de o professor dar 
uma atenção mais individualizada. Por outro lado, a diversidade de alunos enriquece o trabalho da turma. 
Existem bons professores que trabalham muito bem com 40 alunos e péssimos professores que trabalham com 
meia dúzia. Em época de crise econômica, as salas ficam mais vazias. Em outras, mais cheias. Avalie o trabalho que é realizado na sala e não a quantidade de alunos.
Infra-estrutura
A boa infra-estrutura depende, entre outras coisas, da idade da criança. Evidentemente, quanto maior a infraestrutura (biblioteca, laboratórios, quadras), melhor para o aluno. Em informática, a escola ideal tem computadores na sala de aula. Biblioteca é uma obrigação. Espaços para esportes, também. Piscina é dispensável pois 
em geral não é usada. A não ser para impressionar na primeira visita. Escola não é clube. É um lugar de 
estudo e desenvolvimento para a criança. Constate se tudo o que foi mostrado é efetivamente usado. Veja o 
estado do ambiente (limpo? Conservado?). Verifique quem e como utiliza. É o professor? É um especialista? 
Como é utilizado? Pergunte em que dia, em que horário e peça para ver o espaço / equipamento sendo utilizado, mesmo que isso signifique ter que voltar outro dia. Qualquer tipo de subterfúgio deve ser motivo de 
desconfiança. Anote tudo para conferir depois.
Língua estrangeira
Quanto mais jovem, mais fácil é aprender uma língua estrangeira. Mesmo aos 2 ou 3 anos de idade já dá para 
trabalhar uma segunda língua com brincadeiras e canções. Se isso não for muito bem dimensionado atrapalha 
a alfabetização. Veja quem faz isso, quem coordena, que materiais didáticos são utilizados. Tem inglês como 
atividade extra para compor os estudos? Quanto custa? E os cursos “de fora”, quanto custam? Compare!
Disciplina
Limites claramente definidos, impostos pela escola (como ter que usar uniforme e não poder chegar atrasado à 
aula) ajudam o aluno a se organizar. Deixar “correr solto” incentiva a irresponsabilidade. Como é essa escola?
Data de fundação
Escolas com mais idade têm seu modelo pedagógico mais consolidado e professores mais experientes. Escolas novas ou muito pequenas (em geral que só tem pré-escola e pouca experiência) há o risco de ocorrerem 
erros ou surgirem lacunas na formação. Procure verificar os cadernos das crianças e comparar com outras 
escolas. Isso ajuda a constatar o desenvolvimento das crianças na escola.
Metodologias
 Muitos pais ficam preocupados com as diferentes linhas pedagógicas adotadas por cada escola. Entretanto a maioria desconhece as linhas pedagógicas. E para piorar, o que é bonito na teoria, nem sempre funciona na prática.
 Ouve-se muito em Tradicional, Construtivista, Montessoriana, Waldorf, entre outras. Mas conhecer 
cada uma delas é coisa para especialista e não para os pais. Em geral, a preocupação deve ser a seguinte: o 
que se faz na escola está preparando para a realidade que a sociedade vai exigir do meu filho no futuro? Com 
essa metodologia ele vai ser capaz de lidar bem na relação com a família, amigos, emprego, vestibular? 
Algumas aquisições cognitivas só são adquiridas em determinada faixa etária, por isso não podemos pensar 
que “isso ele pode aprender mais tarde”. Uma alfabetização deficiente pode comprometer a interpretação de 
textos na universidade. 
 Na dúvida, escolha uma escola que tenha a mesma metodologia há muitos anos. Isso prova que além 
de não estar com modismos, a escola sabe o que, na prática, vem dando certo. Caso contrário não teria sobrevivido todos esses anos.Não se deixe influenciar pelos nomes. “Construtivismo”, por exemplo não é um método. É uma 
corrente teórica. É o nome pelo qual se tomou conhecida uma nova linha pedagógica há pouco mais 
de uma década. As maiores autoridades do construtivismo, contudo, não costumam admitir que se 
trate de uma pedagogia ou método de ensino, por ser um campo de estudo ainda recente, cujas 
práticas ainda requerem tempo para amadurecimento e sistematização. Ou seja, uma teoria de 
como as práticas (talvez) possam se dar. Se uma escola disser que é do “método” construtivista, já 
está mostrando que desconhece o que tenta fazer.
 No extremo oposto está o termo “Tradicional”, que nos remete às palmatórias e castigos 
rígidos. Na verdade, uma escola que se diz tradicional pode significar apenas que não assume 
modismos. Nela é possível encontrar momentos adequados de construtivismo. Veja o material de 
dois alunos de seis anos:

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